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Barreiras Tarifárias e Não Tarifárias do Continente Americano: Como Identificá-las e Superá-las no Comércio Internacional



Comércio Exterior nas Américas
Comércio Exterior nas Américas

Introdução


No cenário do comércio internacional, especialmente no continente americano, as barreiras tarifárias e não tarifárias representam desafios significativos para empresas que desejam expandir suas operações. Essas barreiras, muitas vezes utilizadas como instrumentos de política econômica, impactam diretamente a competitividade, o custo dos produtos e a fluidez nas relações comerciais entre países.


Neste artigo, vamos entender o que são essas barreiras, como elas se manifestam nas Américas e quais estratégias podem ser adotadas pelas empresas para superá-las.


O Que São Barreiras Tarifárias?


As barreiras tarifárias consistem na aplicação de impostos ou tarifas sobre produtos importados. O objetivo principal é proteger a produção interna, tornando os produtos estrangeiros menos competitivos. Exemplos comuns incluem:


Imposto de Importação: cobrado para entrada de produtos estrangeiros.


Taxas Aduaneiras Específicas: valores fixos por volume ou peso do produto.


Tarifas Escalonadas: quanto mais processado o produto, maior a tarifa.



Exemplo no continente americano:

O Brasil adota tarifas elevadas para produtos industriais vindos de fora do Mercosul. Já os Estados Unidos aplicam tarifas específicas a produtos agrícolas para proteger seu mercado interno.


O Que São Barreiras Não Tarifárias?


São restrições não monetárias que limitam a entrada de produtos estrangeiros, como:


Cot quotas de importação


Normas técnicas e sanitárias rígidas


Licenciamento de importação


Burocracia alfandegária


Restrições ambientais ou sociais




Essas barreiras, embora menos visíveis, podem ser ainda mais difíceis de contornar do que as tarifárias.


Exemplo:

A União Europeia impõe barreiras não tarifárias à importação de carne brasileira por questões sanitárias. Já o Canadá adota normas rigorosas para produtos farmacêuticos e cosméticos.


Como as Barreiras se Manifestam nas Américas?


Na América do Norte:


Os EUA adotam uma combinação de tarifas, subsídios agrícolas e normas técnicas.


O México, membro do USMCA (T-MEC), aplica regras mais homogêneas com EUA e Canadá.



Na América do Sul:


Países como Argentina e Venezuela frequentemente aplicam restrições administrativas, cotas e taxas de câmbio controladas.


O Mercosul tenta harmonizar tarifas externas, mas ainda enfrenta desafios internos.



Na América Central e Caribe:


Barreiras não tarifárias prevalecem, como exigências burocráticas e logísticas.


Acordos Regionais que Reduzem Barreiras


1. Mercosul

Objetiva a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com tarifas externas comuns e eliminação gradual de barreiras.


2. Aliança do Pacífico

Composta por Chile, Colômbia, México e Peru, busca eliminar 90% das tarifas sobre produtos comerciais.


3. USMCA (ex-NAFTA)

Acordo entre EUA, México e Canadá que visa eliminar barreiras, padronizar regulamentos e facilitar o comércio.


4. CARICOM

Comunidade do Caribe com tratados de integração comercial e alfandegária.


Estratégias para Superar as Barreiras


1. Conhecimento dos Acordos Comerciais

Estudar os tratados que o país de origem e destino fazem parte é essencial para evitar tarifas desnecessárias.


2. Certificações e Normas Técnicas

Adaptar os produtos às normas técnicas do país importador (ex: FDA nos EUA, Anvisa no Brasil).


3. Consultoria Especializada

Empresas podem contar com assessorias em comércio exterior para planejar rotas e documentos adequados.


4. Logística Reversa e Planejamento Aduaneiro

Organizar o fluxo logístico e os procedimentos aduaneiros reduz tempo e custos.


5. Parcerias Locais

Aliar-se a distribuidores ou representantes locais ajuda a driblar barreiras não tarifárias.


O Papel da OMC e das Câmaras de Comércio


A Organização Mundial do Comércio (OMC) atua como árbitro em disputas comerciais e possui mecanismos para questionar barreiras comerciais injustas. Já as câmaras de comércio bilaterais oferecem suporte e mediação para empresas enfrentarem obstáculos.


Casos Reais


1. A disputa entre Brasil e EUA pelo suco de laranja:

Os EUA impuseram tarifas contra o suco brasileiro, alegando subsídios. A OMC deu ganho de causa ao Brasil.


2. A guerra tarifária entre China e EUA:

Apesar de não ser no continente americano, o reflexo dessa disputa impacta fortemente países exportadores da região.


3. Barreiras técnicas ao aço brasileiro:

O aço brasileiro enfrentou tarifas e exigências técnicas para entrar no mercado americano, levando à busca por novos mercados asiáticos e africanos.


Considerações Finais


No comércio internacional, especialmente no continente americano, as barreiras comerciais ainda são uma realidade. Entretanto, ao investir em planejamento, conhecimento técnico e estratégias de inserção no mercado externo, empresas conseguem superar esses obstáculos e expandir suas fronteiras comerciais.


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Referências


Organização Mundial do Comércio (OMC) – www.wto.org


Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – Brasil


U.S. International Trade Commission – www.usitc.gov


Secretaria do Mercosul


CARICOM Regional Trade Policy


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