Os Impactos da Doutrina Monroe no Continente Americano
- Antonio Carlos Faustino
- 29 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de mar.

A Doutrina Monroe, anunciada em 1823 pelo presidente dos Estados Unidos, James Monroe, tornou-se um dos pilares da política externa norte-americana. Com a famosa frase “América para os americanos”, a doutrina buscava impedir a influência europeia no continente. No entanto, ao longo da história, essa política foi interpretada e aplicada de formas variadas, impactando diretamente as nações americanas.
O Contexto Histórico da Doutrina Monroe
No início do século XIX, as colônias latino-americanas buscavam independência das potências europeias. O temor dos EUA era que países como Espanha, Portugal e Reino Unido tentassem retomar o controle dessas regiões. Assim, Monroe declarou que qualquer tentativa europeia de colonização ou interferência na América seria vista como uma ameaça à segurança dos EUA.
Intervenção e Imperialismo Disfarçado
Com o passar do tempo, a Doutrina Monroe deixou de ser apenas uma política de defesa contra a Europa e tornou-se um pretexto para a influência dos EUA na América Latina. Alguns momentos marcantes incluem:
Guerra Hispano-Americana (1898): O conflito entre EUA e Espanha resultou na ocupação de Cuba, Porto Rico e Filipinas.
Corolário Roosevelt (1904): O então presidente Theodore Roosevelt expandiu a doutrina, afirmando que os EUA tinham o direito de intervir nos países latino-americanos para "manter a ordem".
Intervenções no Caribe e América Central: Os EUA intervieram militarmente em países como Nicarágua, República Dominicana e Haiti para garantir seus interesses econômicos.
A Doutrina Monroe na Guerra Fria
Durante a Guerra Fria, os EUA usaram a Doutrina Monroe para justificar sua oposição ao comunismo na América Latina. Isso levou ao apoio de golpes militares e regimes autoritários, como no Chile (1973) e no Brasil (1964), em nome da luta contra a influência soviética.
Impactos Contemporâneos
Atualmente, a Doutrina Monroe ainda ecoa na política externa dos EUA. As tensões com países como Venezuela, Cuba e Nicarágua mostram que Washington continua exercendo forte influência no continente. Além disso, a crescente presença da China e da Rússia na América Latina levanta questionamentos sobre a atualidade da doutrina.
Conclusão
A Doutrina Monroe teve um impacto profundo e duradouro no continente americano. Embora tenha sido criada como uma estratégia defensiva, ao longo dos séculos tornou-se um mecanismo de dominação. Hoje, a América Latina busca maior autonomia em suas relações internacionais, desafiando velhas estruturas de poder.
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